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BR Properties faz primeira listagem de fundo imobiliário criado pela empresa*

De acordo com o CEO da empresa, “o fundo foi estruturado para viabilizar a redução de capital da companhia e já nasce como um dos maiores FIIs de escritórios comerciais do país”

A BR Properties efetivou nesta quarta-feira a primeira listagem de um fundo imobiliário (FII) criado pela companhia, o BRPR Corporate Offices. O portfólio passa a ser negociado na B3 com o ticker BROF11.

O FII foi registrado na CVM em 26 de dezembro de 2022. A oferta pública de distribuição das cotas da 1ª emissão do Fundo foi intermediada pela BTG Pactual e foram distribuídas 11.610.812 cotas, no valor de R$ 106,35 cada uma, totalizando o valor de R$ 1.234.809.856,20, com esforços restritos de distribuição. A BR Properties era detentora de 100% da

De acordo com o CEO da BR Properties, Martin Jaco, “o fundo foi estruturado para viabilizar a redução de capital da companhia e já nasce como um dos maiores FIIs de escritórios comerciais do país”.

O fundo integralizou dois edifícios, o Passeio Corporate, no Centro do Rio de Janeiro, e o complexo Águas Claras, em Nova Lima (MG). Com a listagem, a BR Properties passa a ser consultoria imobiliária do FII e o BTG Pactual, o administrador do portfólio, ou seja, o agente responsável pela maioria dos deveres fiduciários perante os cotistas.

“Essa ideia do FII era algo que a gente vinha estudando na BR Properties há muito tempo”, afirma Jaco. “Desde 2017, a gente vem discutindo uma maneira de continuar sendo um grande investidor, mas de uma maneira mais leve, com um perfil ‘asset light’”, acrescenta.

O executivo-chefe da BR Properties explica que a companhia já montou diversos fundos imobiliários ao longo dos seus 16 anos de operação, mas “esses FIIs eram somente da companhia”.

Conforme o CEO, a abertura de capital de um FII estruturado pela empresa poderia ter ocorrido alguns anos antes. “Mas veio a pandemia e acabamos adiando um pouco”, diz.

“A empresa passou por uma série de eventos importantes e a principal foi a venda de R$ 6 bilhões de ativos no ano passado e agora, entre junho e julho, vamos receber a última parcela. Essa transação se mostrou muito acertada porque a taxa de juros piorou muito e, com dinheiro em caixa, pagamos todas as nossas dívidas e nos tornamos uma empresa desa

Em maio de 2022, o grupo canadense especializado em negócios imobiliários Brookfield fechou a compra de 12 propriedades da BR Properties por R$ 5,92 bilhões. A carteira adquirida incluiu empreendimentos como o Parque da Cidade e a torre B do complexo JK Iguatemi, em São Paulo.

Com o recebimento da primeira parcela em julho do ano passado, a BR Properties quitou totalmente o saldo devedor de três emissões de debêntures e de cédulas de crédito imobiliário. Ao longo do terceiro trimestre de 2022, após o recebimento da primeira parcela, a companhia amortizou 100% das emissões de dívida, no montante de R$ 2,987 bilhões. A últ

A venda dos 12 edifícios em 2022 representou uma redução de 80% do portfólio. A listagem do FII vai dar continuidade ao movimento de redução de capital feito pela BR Properties. “Podemos fazer uma redução de capital através de cotas de FII, aproveitando para entramos nesse segmento que já queríamos”, pontuou o executivo-chefe financeiro (CFO) da BR

De acordo com o CFO, o ativos têm características que os tornam resilientes ao momento atual. O Passeio Corporate, afirma Bergstein, “está no Centro do Rio de Janeiro, em uma localização muito estratégica, com infraestrutura de Metrô na porta, perto do aeroporto e mantém 94,3% de ocupação com contatos longos”.

Já o Águas Claras é um “built to suit”, ou seja, um projeto feito sob medida para a Vale, que se comprometeu com um contrato de locação de longa duração.

De acordo com Jaco, a ideia da BR Properties é ao longo dos próximos anos lançar mais FIIs listados, além de realizar novas emissões com o BROF11. “Esse veículo pode crescer, através de novas emissões e incorporação de novas propriedades. Vamos ter outros veículos. Tem uma série de caminhos que a gente pode seguir, por exemplo, com [novos fundos de] logística, dependendo das condições de mercado e viabilidade.”